segunda-feira, 14 de junho de 2010

Questão de moda

Um contumaz marcador de Pelé (ajuda aí, Zé Sérgio), perguntado certa vez sobre o que mais o impressionava no futebol do Rei, declarou que era o seu “olhar de fera acuada”. A resposta intrigante - para dizer o mínimo, em vista de todos os notórios atributos técnicos e atléticos que o Divino Crioulo sempre ostentou - me leva a pensar no quanto o prélio é disputado também no terreno visual; e do visual, claro, para o simbólico. Porque, óbvio, o futebol é um jogo de homens; e os homens somos, todos, uns seres visuais.

Isso tudo pra dizer que, possivelmente em razão do novo modelito das camisas dos jogadores, o porte físico tem ficado muito mais destacado, o que traz para os jogadores africanos, por exemplo, um passo adiante na largada. Encarando aqueles negralhões colossais, o adversário já dá o ponta-pé inicial com uma pulga a mais atrás da orelha.

Não?

4 comentários:

Arthur Tirone disse...

Os 11 Jaspions, com 1,50m cada, passaram pelos negralhões do Camarão.

Prefiro sair na mão com o Samba Sam - muito embora ele me nocauteie logo no primeiro soco - que contra o Bruce Lee.

Anônimo disse...

Se não me engano, todos os times africanos tem treinadores eurupeus (Parreira incluído) e enquadraram os negões naquele esquema de jogo igual das outras equipes, onde a improvisação e a criatividade são mal vistas. Sei que isso que estou dizendo é manjado, mas é a pura verdade.

Marcão

Eduardo Goldenberg disse...

E já que falaste no crioulo, ouça essa que Leo Boechat também ouviu, enquanto bebíamos em Andrajópolis:

- Pelé? Um merda. O mundo só nos deu dois crioulos de respeito. Michael Jackson e Charlie Chaplin.

leo boechat disse...

O andrajo em questão também elogiou o Mané. Esses técnicos, como lembrou o Simão, geralmente são do segundo escalão leste europeu. Mas acho que Nigéria e Gana evoluirão na sequencia.