quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Inglaterra x França

 Melhor jogo da Copa, ao lado de Holanda x Argentina. Muita disputa, emoção, lances agudos e um bom futebol praticado por ambos os escretes. O ótimo Harry Kane contribuiu decisivamente para a eliminação ao desperdiçar a cobrança de um penal. Inglaterra cresceu ao longo da competição e conseguiu fazer frente ao superior time francês, perdendo no detalhe. 

Fernando Szegeri

Marrocos x Portugal

 A melhor surpresa da Copa eliminou a seleção que até aqui jogara o futebol mais consistente, conforme esta coluna vinha reiterando. Os bons meio-campistas portugueses não conseguiram se sobrepor ao jogo aplicado taticamente, rápido e jovial da execelente equipe marroquina. Cristiano Ronaldo começou no banco e entrou pouco inspirado; talvez o ambiente não estivesse dos melhores após os atritos com o treinador meu xará.  O resultado é uma seleção africana pela primeira vez entre os semifinalistas da Copa do Mundo, com todos os méritos. Os patrícios de Humphrey Bogart encantaram o mundo dentro e fora de campo com uma alegria julgada perdida no mundo do futebol transnacional. 

De toda sorte, acredito que essa geração portuguesa tenha tudo para levar os devotos de Dom Sebastião a voos interessantes nos próximos anos. 

Fernando Szegeri  

Brasil x Croácia

 


O Brasil não conseguiu repetir nem de longe a atuação contra a Coreia e foi melancolicamente eliminado da Copa do Mundo. Croácia não foi brihante, mas executou satisfatoriamente, sobretudo no primeiro tempo, o futebol modorrento e arrastado a que se propõe, sob a batuta desse belo jogador chamado Modric. O Brasil foi melhor em todo o segundo tempo, mas sem conseguir se desamarrar, mesmo com a atuação acima da média de Neymar. Na prorrogação, quando conseguiu a vantagem em jogada do mesmo Neymar, faltou experiência, faltou malícia, faltou organização, faltou conjunto e faltou, principalmente, liderança para conseguir segurar o resultado por mais 4 minutos apenas. O lamentável Tite entra para a história como o pior treinador do escrete de todos os tempos, empatado com o bizarro Lazaroni, mas com muito mais condições e oportunidades: planejou mal, testou mal, convocou mal, escalou mal, procedeu mal, treinou mal, não exerceu e não deu a exercer a liderança que os canarinhos há tanto tempo sentem falta.

Fernando Szegeri

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Argentina x Holanda

 O jogo entre Holanda e Argentina foi sem dúvidas o melhor da fase de mata mata e o mais emocionante. No primeiro tempo ainda a argentina abriu o placar com um passe fenomenal de Messi em uma jogadaça para gol de Molina. Nessa etapa vimos Holanda com muita posse de bola, mas a Argentina criando mais. E foi assim até os 28 do segundo tempo, quando em um penalti Messi ampliou para os argentinos. Quando tudo parecia resolvido, Weghorst diminuiu aos 38 do segundo tempo. E no ultimo minuto de jogo, em uma jogada ensaiada na falta, Weghorst fez mais um. Nos penaltis a Argentina ganhou, mas tambem com emoção.

Chico Szegeri

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Turma do funil

Portugal, Brasil e França são os escretes que até agora mais se destacaram, com os canarinhos ainda num degrau ligeiramente abaixo, por obra de evidentes limitações de inteligência coletiva, se me entendem, malgrado a inegável qualidade individual de seus jogadores. Os dois primeiros tem confrontos em tese menos complicados nas quartas, mas ainda que os azuis enfrentem um clássico de muita rivalidade contra a Inglaterra, a superioridade francesa é inquestionável. A não ser por obra das imponderáveis fatalidades do futebol, o trio tem tudo para chegar às semi. Argentina e Holanda disputam a quarta vaga, num confronto de retrospecto equilibrado, difícil de se prever. Vi menos os laranjas, mas o suficiente para perceber uma equipe aplicada, rápida e que cresceu durante a competição. Os hermanos não têm nadado de braçada até aqui, é fato, mas contam com o peso extraordinário de sua camisa e o fator Messi sempre a pairar no ar...

Fernando Szegeri


 

Portugal x Suíça

 

Os suíços, que já entraram menos cuidadosos do que contra o Brasil, tomaram um gol logo no início e tiveram que, finalmente, tentar jogar. Portugal, então, não tomou conhecimento do já combalido ferrolho e atropelou os embaixadores da paz, com ótimo jogo coletivo e atuações individuais inspiradas; destaque para Gonçalo Ramos na função a priori ingrata de substituir Cristiano Ronaldo, em rota de colisão com o treinador luso, que agora terá em mãos um maravilhoso problema para resolver.  Os meio-campistas Bruno Fernandes, Bernardo Silva e João Félix confirmaram as boas apresentações anteriores e ajudaram a sacramentar a melhor partida de uma equipe no Mundial até o momento. Se mantiverem o nível do futebol hoje apresentado, os surpreendentes e desgastados marroquinos não terão condição de opor resistência.

Fernando Szegeri

Marrocos x Espanha

A patuscada espanhola de jogar com os reservas diante da Coreia na primeira fase, para dizer só o inegável, se me entendem, rendeu o cruzamento com a melhor seleção africana da Copa e sem dúvida a mais agradável entre as poucas surpresas deste Mundial. Os marroquinos confirmaram as boas atuações anteriores, com um jogo muito disciplinado taticamente, força física e qualidades individuais, com destaque para o habilidoso Boufal. O jogo morno da Espanha se repetiu, com volume e posse de bola que não se traduziram em correspondentes chances efetivas, tendo os africanos chegado menos vezes, mas com mais perigo. Na decisão por penais, os Deuses do futebol – que se têm mostrado implacáveis - se encarregaram do resto… 

Fernando Szegeri

Brasil x Coreia

Coreia não conseguiu repetir as boas atuações da primeira fase e sucumbiu diante de uma seleção brasileira focada e inspirada. A superioridade canarinho no primeiro tempo foi suficiente para liquidar qualquer pretensão de reação dos vermelhos, com atuações bastante convincentes dos homens de meio e frente, destaque para Vinícius Júnior. Atrás ainda preocupa a saída de bola quando a marcação adversária avança, com Alison demonstrando pouca confiança ao jogar com os pés, afora os improvisos impostos pelas seguidas contusões. Com a atuação, o time de Tite entra finalmente para a seleta lista dos consistentes, ao lado de França e Portugal.

Fernando Szegeri


Polônia x França

 

Ontem o jogo entre Polônia e França foi até então o melhor das oitavas de final. O primeiro tempo foi bom e bem mais equilibrado, com a Polônia tendo chances até mais do que a França; mas no finalzinho do primeiro tempo, em um passe genial de Mbappé, Giroud abriu o placar. Depois, no segundo tempo, a Polônia deixou de atacar tanto quanto no primeiro e bem mais cansada. Mais para o final começou um show particular de Mbappé, que anotou dois golaços e garantiu a vitória da França. Essa para mim foi a melhor atuação individual de um jogador nessa copa com dois gols e um passa para gol. No fim, ainda, Lewandowski diminuiu para a Polônia de pênalti.


Chico Szegeri

terça-feira, 29 de novembro de 2022

Mais do mesmo

 Fim da segunda rodada, o que parece mesmo é que o futebol ficou muuuuuito igual. Os times jogam todos com variações sobre o mesmo tema. Mesmo os talentos individuais, dos consagrados aos despontantes, mais que jogarem seu jogo, mais que darem o tom da disputa, parecem comprometidos com a tarefa de fazer funcionar um jeito de jogar que não é exatamente o seu. Se me entendem...  Vai longe o tempo em que havia as grandes escolas (sulamericana, européia, depois africana etc.) e que para justamente contrariar a peremptoriedade das escolas times surpreendentes surgiam, a nos ensinar que sempre há no futebol, como na vida, uma alternativa que ainda não foi tentada, uma via que não foi devidamente explorada. Eles estão aí, pela história, pouco importa se vencedores ou vencidos. Obviamente, trata-se a Copa atualmente de um embralhamento das cartas que são dadas ano após ano nos diversos campeonatos europeus. No tempo em que os bichos falavam, tudo era surpresa, tudo era revelação; sedução, em suma...

Fernando Szegeri

Uruguai x Portugal

 Jogaço-aço-aço. Portugal entra para a lista dos consistentes da Copa, longe do brilhantismo. Nesse jogo ficou por conta de seus meias, eficientíssimos. Lamentei a derrota da Celeste, porque efetivamente fizeram o que mais remotamente se pareceu com honrar uma tradição. Antes de levarem o segundo gol, puseram o time à frente, jogando bem menos na base do esquema-que-todo-mundo-faz igualzinho-por-medo-de-errar-demais-e-dá muita-preguiça e passaram a jogar na base do talento de seus jogadores. Por instantes, quaaaaase acreditei que o mundo não é como é… Mesmo sem arrancar suspiros, creio que os amantes do futebol precisem torcer pela classificação da nossa Província rebelde. O futuro agradecerá.

Fernando Szegeri



Alison c'est ma copine et moi...

 ... je ne le trouve pas fiable, tout comme mon Français. Repito, só vejo futebol brasileiro, um pouco de sulamericano e Copa do Mundo. Não é, evidentemente, a caveira de burro enterrada que tivemos de 2006 a 2014. Mas sinto que falta, e não é de agora. Duas saídas de bola comprometedoras hoje. Era a Suíça…

Fernando Szegeri

A (in)sustentável leveza

Vejam bem a situação: esta coluna foi apresentada à seleção canarinho há quatro dias somente. Até então, conhecíamos o time tanto quanto sabíamos de Marrocos, Coreia do Sul ou Polônia. Então, tudo é novidade, é apresentação; zero intimidade, muitos estranhamentos, lampejos de encanto. Se vai dar romance, é cedo pra dizer. Principalmente para vacinados…

Mesmo contra a paquidérmica Suíça, continuou-se a jogar leve, sem a mesma sorte do primeiro confronto. Verdadeiro Houdini, desamarrou-se como pode da sempre indecente retranca suíça, na base da insistência. Menos mal para os amarelos. Casemiro mostra que pode ser o líder que não se tem faz muito tempo. Bom para se deixar de exigir de Neymar, Tiago Silva et caterva o que definitvamente não se pode deles esperar. E que dêem o que podem. No mais, Vinícius Júnior interessante (ainda pode dar o que falar), Rodrygo promissor na função que o adrede machucado não poderá exercer por ora. E não muito mais. Nem pra gente parar de perguntar por que não foram testados Fulano, Beltrano e Cicrano. De modo que o não-técnico segue sem comentários. Que se virem os meninos como puderem para sustentarem sua leveza...

Fernando Szegeri

Brasil x Suíça

Brasil contra a Suíça foi um jogo que eu esperava muito, mas acabou sendo bem morno; e, para falar a verdade, até meio chato. As duas equipes não estavam bem e não tiveram grandes chances. No segundo tempo a partida deu uma melhorada, principalmente o Brasil, com a entrada de Rodrygo e de Bruno Guimarães, que foram muito bem. Depois de muito tentar, o Brasil achou o gol no finalzinho, em chute muito bonito de Casemiro. Belo gol e o jogo terminou assim mesmo: Brasil venceu, mas não convenceu.

Chico Szegeri



Camarões x Sérvia

Para mim, o melhor jogo da copa até agora. Camarões começou ganhando, mas nos acréscimos do primeiro tempo a Sérvia fez dois gols e virou o jogo, No segundo tempo a Sérvia ainda ampliou em uma bonita jogada, mas em uma pintura de cobertura Camarões diminuiu e três minutos depois empatou. Achei o jogo muito parelho, com as duas equipes atacando bastante e com um placar surpreendente, que foi o melhor da copa.

Chico Szegeri

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Coreia x Gana

 

Jogo bom de se assistir, com muita vontade de lado a lado, aplicação, lances dramáticos. No primeiro tempo, a impressão era: a cada 10 bolas alçadas na área pelos coreanos, 10 serão rebatidas pelos gigantes negros; a cada bola alçada na área pelos ganeses, um gol. E assim foi, virando 2 x 0 em desfavor dos vermelhinhos. Mas eis que o futebol, senhores… Segundo tempo, duas bolas levantadas na área pelos coreanos, 2 x 2! Gana reagiu na base da vontade e achou o terceiro gol. Mas pelo empenho, disposição e volume de jogo, o empate teria sido melhor reflexo da partida. E seguem ambas vivas no grupo, ainda que a tarefa coreana frente a Portugal na última rodada seja mais complicada.

Fernando Szegeri

Alemanha x Espanha

 

As duas campeãs fizeram um bom clássico, disputado, boa parte do jogo lá e cá. Espanha melhor no geral, mais talentosa, com mais repertório, mas, como direi?, um tanto displicente. Essa displicência custou justamente o empate, visto que sobrou disposição e determinação para os chucrutes. Situação germânica é mais complicada no grupo, mas com a inacreditável derrota do Japão para a atualmente fraquíssima Costa Rica, dependem basicamente de si próprios, dada a improbabilidade de um resultado positivo dos japoneses frente a Fúria. A não ser que os deuses do futebol ainda não considerem saldada a dívida alemã, devem ambos classificar. E darão trabalho daqui para frente.

Fernando Szegeri

sábado, 26 de novembro de 2022

Primeiro balanço

 Sem grandes suspiros, sem grandes convencimentos, o que ficou de melhor até agora foi a consistência francesa, reiterada diante da Dinamarca na segunda rodada, e uma certa leveza, por assim dizer, do jogo do time que usa a camisa amarela. Espanha e Inglaterra fizeram o que deles se esperava, mas precisam ser testados perante adversários de verdade. Segue o bonde da Copa.

Fernando Szegeri

Brasil x Sérvia

 

O Brasil dominou praticamente o jogo inteiro; no primeiro tempo com falta de objetividade, não conseguindo chegar ao gol, e com Neymar sendo caçado em campo. No segundo tempo as coisas melhoraram e o Brasil começou a atacar mais, conseguindo até uma bola na trave, até que em uma jogada de Neymar, Vini Júnior finalizou e no rebote gol de Richarlison. A partir daí foi um baile do Brasil, coroado com uma pintura no voleio de Richarlison, fazendo o gol mais bonito da Copa. Depois continuou só dando Brasil, com ainda mais uma na trave.

Chico Szegeri

Portugal x Gana

 

O que faltou de futebol, sobrou em drama. A seleção ganesa foi uma grande decepção, muito abaixo do que já vimos fazer. Portugal, como tem sido a tônica, jogando um joguinho burocrático, nem sombra dos bons times que vimos em 2010 e 2014, levando perigo sempre pelos pés de Cristiano Ronaldo, que mesmo longe do apogeu ainda é o que de melhor se tem entre os órfãos de Dom Sebastião. Foi ele que marcou o primeiro, num pênalti que não se pode entender como não foi revisto pelo famigerado VAR, a pior coisa que sucedeu ao esporte bretão em 150 anos. Fosse um africano derrubado pelo babaovado C7 nessas circuntâncias… Enfim. E no fim do jogo, quase o empate de Gana numa falha absolutamente bisonha do arqueiro luso, que teria feito para mim mais justiça ao que foi apresentado.

Fernando Szegeri

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Os Deuses do Futebol

É batata, algumas coisas não passam impunes pelas místicas entidades que regem o esporte bretão. Após o apocalíptico 7 x 1, os comedores de salsicha amargaram uma vexatória desclassificação na primeira fase na Copa de 2018. E, ao que parece, ainda têm um bom tanto de carma pra cumprir...

A situação germânica é terrível, sobretudo depois dos emblemáticos SETE que a Fúria meteu em cima da outrora tão interessante Costa Rica, hoje um arremedo do time que ganhou da Itália (uma seleção que havia antigamente nas copas) em 2014. Até o bom arqueiro Navas parece ter esquecido como se joga bola. Alemanha não pode sonhar em não ganhar da Espanha, terão que torcer contra o Japão e meter uma boa quantidade de bolas na rede costarricense.

Fernando Szegri

Alemanha x Japão

Depois de um primeiro tempo bem mediano, cheirava por todo o deserto que os alemães estavam a fim de dar aquela entregada no chucrute. Futebol pouquíssimo inspirado, pra dizer o menos. De ambos os lados, claro, mas os japas estavam com mais vontade de jogar que de protestar. Não deu outra, a displicência germânica acabou custando caro. Do lado nipônico, o sempre bom Ito e o insinuante Asano destacaram-se. Entre os teutões, Musiala é habilidoso e as jogadas passam quase todas pelo ariano Gündogan, que deveria pensar o jogo, mas mostrou pouca capacidade de quebrar a mesmice. Neur decepcionou e foi mal no gol da vitória japonesa. 

Fernando Szegeri


Ainda quanto ao nível

 “Fica tranquilo, que depois piora.”

José Szegeri, o Velho

Patrocínio: Rivotril

 O futebol apresentado até agora na Copa está maravilhoso. Para os insones. 

Fernando Szegeri

P.S. Isso definitivamente não é unanimidade na redação do Dibrinho.

México x Polônia

Assisti o primeiro tempo e os 15 minutos finais. México, em termos de criatividade, pareceu-me esforçado. Polônia joga fechadinha atrás (ops!), com os tradicionais 3 beques e uma linha de 4 à frente da zaga; na frente, chegou em lances esporádicos, quase sem perigo. Destaque, claro, para o legendário Ochoa, que “dibrou” o batedor do pênalti (que como o ministro homônimo, não disse a que veio) e o induziu a bater em sua esquerda, fazendo uma defesa maravilhosa. Talvez o melhor lance individual da Copa até o momento. Mexicanos pela luta, não pelo futebol, e polacos pela penalidade desperdiçada, deixaram escapar o boi que os hermanos ofereceram de bandeja pela manhã. Menos mal para os colegas de Lionel 7 e meio.

Fernando Szegeri


Virgindade

 

Eu que NUNCA vi na vida um jogo da liga champinhons, nem nenhum outro desses campeonatos de patrocinadores, xêiques e mafiosos – meu máximo em futebol europeu foi assistir Maradona e Careca no Nápolis, com comentários gastronômicos de Sílvio Lancelotti – continuo achando, pelo que vi em copas, Lionel Messi um jogador nota 7,5.

Fernando Szegeri

Argentina x Arábia Saudita

 Um dos melhores da copa até agora, o jogo começou com a Arábia tomando muita pressão da Argentina, um gol de pênalti e ainda três anulados por pouco no primeiro tempo. Arábia quase não viu a bola, mas no segundo tempo o jogo mudou completamente. Logo no início a Argentina tomou o gol de empate e depois o golaço que virou o jogo. A Argentina continuo pressionando o jogo inteiro, mas não conseguiram furar o ferrolho árabe.

Chico Szegeri

terça-feira, 22 de novembro de 2022

Por falar nisso...

De destacar a valentia do apitador tupinniquim Raphael C(l)aus, que em voo doméstico já emociona nas manobras. 6 x 1 pra Inglaterra frente ao fortíssimo Irã, chamado pelo VAR pra conferir pênalti arqui-mequetrefe nos acréscimos em desfavor daqueles que pensam que os mares sejam seus, não vacilou: marca da cal! Encômios.

Maaaaas, a gente sempre fica pensando se estivesse zero a zero e o jogo, vai saber, fosse assim de oitavas-de-final...

VAR tomá...

 ... lições do que seja futebol, antes de colocar água no nosso chope. Mal começamos, a farra eletrônica operada sabe-se exatamente lá por quem, mas patrocinada por quem bem vemos vivendo de apostas, já vai mostrando a que veio. A tecnologia avança não proporcionalmente à clareza dos critérios, que seguem dançando ao sabor dos humores mais voláteis, pra dizer o menos. A regra do impedimento, que há alguns anos foi mudada para em tese favorecer a ofensividade, virou o próprio anticlímax do jogo (pior para os narigudos). Explosão do grito de gol preso na garganta?  Espera a checagem do VAR...

Fernando Szegeri

Senegal x Holanda

 

Desencumbi-me porcamente da tarefa dada pelo nosso diretor técnico Chico Szegeri e assisti a Senegal x Holanda bem assim por cima. O que vi da arquibancada foi uma sempre baba-ovada seleção holandesa com muita movimentação e sem um pingo de inspiração. Parecia que havia uns 15 laranjas em campo, sobretudo no primeiro tempo, mas que pouco sabiam o que fazer além de defender-se com competência. Do outro lado, os senegaleses são insinuantes e extremamente vigorosos fisicamente, mas foram pouco agudos na partida. Jogo que seria pra zero a zero, não fosse o destaque da partida (negativo), o goleiro senegalês - também baba-ovado pelos assistidores de champinhons lig-lig-lé - que atende por Mendy: uma saída bisonha como há muito não se via, 1x 0 pros laranjas. Uma espalmada pra frente, meio duvidosa, 2 x 0 pros súditos de Sua Majestade Gulihemre Alexandre Orange-Nassau. E foi só.

Fernando Szegeri

Inglaterra x Irã

 

Ontem o jogo entre Irã e Inglaterra foi exatamente o esperado, considerando os níveis das equipes muito diferentes. Não há muito o que falar, mas temos que dizer que o Irã é uma das seleções mais fracas da Copa e com tudo isso, mesmo assim, o craque Taremi conseguiu fazer 2 gols. Destaque para a nova geração inglesa que brilhou nesse jogo com gols de Saka(2), Bellingham e Rashford na vitória por 6x2, um passeio. O jogo inteiro foi dominado pela Inglaterra que no primeiro tempo já havia matado a partida. Maguire, muito contestado também, fez uma bela partida.

Chico Szegeri

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Qatar x Equador

 

Gostamos do Qatar com Q. Graças ao Alberto Mussa, talvez…

Diante do Equador, o time da casa fez o jogo de abertura da Copa do Mundo. Não era um jogo em que se esperava tento, até por que são duas das mais fracas seleções, e, como o esperado, o jogo não entregou nada. A seleção do Qatar foi dominada o jogo inteiro, quase não chegaram ao gol do Equador: está claro que é o time mais fraco da copa. Agora falando um pouco do jogo, foi um jogo com muitas faltas perigosas e cartões para as duas partes. Equador foi superior o jogo todo, com destaque a Enner Valencia que marcou os dois gols na vitória.

Talvez os irmãos sulamericanos tenham vacilado um pouco. Com um pouquinho a mais de capricho, o placar poderia ter-lhes sido mais favorável. Como o Qatar deve ser o saco de pancada no grupo, no tiro curto o saldo de gols pode fazer a diferença.


Chico Szegeri e Fernando Szegeri

Japonês II, a missão

 

Pra quem nasceu depois de 1990, o blogue tem que ser lido de baixo pra cima. Não é feicibúqui, porra.


Fernando Szegeri

22ª Copa do Mundo…

 

… Segunda sem Tio Osias. Primeira sem Tio Plácido. Mas também a primeira a jogo junto do Chico Szegeri e a passeio junto do Antônio Szegeri. Porque assim é que é. “E viu Deus que era bom…”


Fernando Szegeri


“Pedi e vos darei”

 


Com a divina licença, eis o Dibrinho de volta. Brincadeira que inventei em 2010, pra distrair meu espírito em turbilhão, e continuei em 2014, na Copa das Copas. Que terminou do jeito que sabemos. E achei que já tinha dado, este espaço cumprira seu ciclo.

Mas eis que o espírito se desassossega amiúde. E meu amor pelo futebol, redivivo graças a Chico Szegeri, meu filho, mais a insistência de três caras-de-pau, fizeram ressuscitar este espaço. Que agora será feito a quatro mãos, junto com o indigitado Chico. A diferença é que agora, além de um bebum palpiteiro de arquibancada, vai ter alguém que entende de futebol. Ele fica responsável pelo futebol, eu pelas palhaçadas. As consequências são imprevisíveis.

À luta, companheiros.


Fernando Szegeri

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Domingo

O futebol por si só é uma caixinha de surpresas, como parece já ter dito alguém. Não bastasse, o velho Sobrenatural de Almeida deu as caras nessa Copa como havia muito não. Além disso, serão cinco títulos mundiais em campo, outros muitos vices; duas camisas poderosíssimas, duas seleções com sede de levantar o caneco há muito tempo.

Por essas e outras razões, não há previsões a se fazer acerca do que ocorrerá no Maracanã no próximo domingo. Bola por bola, a Alemanha jogou muito mais no Brasil. Aquele comentarista caipira diria até que a superioridade do futebol alemão nesta Copa é tanta, que a Argentina levará a taça. Eu não chegaria a tanto, mas tenho que reconhecer que, nos termos da metafisica do futebol, quatro-a-zeros e sete-a-uns credenciam bem menos do que as vitórias temperadas a suores, lágrimas e sangue. Mas também não foi isso tudo que se chegou a ver do outro lado; antes, um dedicado esforço para superar as suas próprias limitações.


Façam suas apostas, pois, senhores. Especulem, debatam, simulem, bebam. Até porque, depois, só daqui quatro anos.  

Antes, porém...

… temos nosso derradeiro confronto, frente os laranjas. A nação inteira está convocada a reunir o resto de suas exauridas forças para não deixar nossos meninos sozinhos na hora final. Para que possamos fazer uma despedida que honre a dedicação e a gana que o Escrete encampou nessa Copa, como há tempos não se via.


Chegando ao fim

O melhor Mundial da minha vida vai chegando ao fim. Pelo futebol que se jogou, pela festa que se fez, pelos significados todos que passou a encampar, pela possibilidade de ver em ação, ao vivo, quatro camisas campeãs do mundo, esta Copa deixará neste cronista uma imensa saudade.

Até a tristeza de nossa inacreditável derrota acabou por dar cores e traços únicos ao que vivemos. Uma história a mais para o grande cabedal que angariei nesse um mês de futebol total, a ser transmitido, assim espero, para os netos.


E é por tudo isso que eu, sinceramente, só posso agradecer, agradecer e agradecer.

Argentina x Holanda

Os dois gigantes do futebol repetiram o confronto da final da Copa de 78. E mais uma vez o desfecho foi favorável aos platinos. Depois de um primeiro tempo disputado e até agradável, o que se viu no segundo e na prorrogação foi um jogo truncado, de muita marcação, sem ousadia nem inspiração de parte a parte.

Se não puderam contar com o talento de um Ardilles, a segurança de um Passarella, ou com a letalidade de um Kempes, o time alvi-azul meteu trancas e ferrolhos na defesa, contou com a garra e a competência incansáveis de Mascherano (melhor atuação individual argentina nos jogos que vi) nos desarmes do meio, e não deixou a Laranja jogar. Sneider perdeu feio a briga no meio-de-campo, Robben muito bem marcado não pode encaixar o seu jogo e, como consequência, Van Persie não pegou na bola. Na frente, contudo, a competência argentina não foi a mesma. A falta de Di Maria foi sentida. Messi, bem marcado, mas apático, fez sua pior partida na Copa. Higuain não jogou mal, mas teve pouquíssimas chances.

Resultado: um eloquente zero-a-zero. Até que nos penais os hermanos puderam prevalecer-se da camisa, da garra, da torcida.


Retratação

Eu que tenho verdadeiro desprezo por essa novel crônica esportiva forjada no controle remoto e no sofá, sinto-me no dever de manifestar publicamente minha retratação em relação a esse que para mim era a encarnação do tipo: Paulo Vinícius Coelho, codinome PVC.


Para mim o jornalista sempre representou o supra-sumo desse futebolismo erudito, com números, estatísticas, teoremas, teorias, análises, filosofias. E certezas, muitas certezas. Mas o que se viu na sequência da derrota brasileira da Terça-feira Negra, foi um semblante desarvorado e um indisfarçável travo na garganta. Por detrás das pranchetas, computadores e info-gráficos, apareceu um menino atônito, de calças curtas e olhos incrédulos: o menino do espelho de 1982. Vi um amor e uma emoção puros, como só o futebol pode despertar. Como só os apaixonados pelo futebol podem experimentar. 

A redenção

Minha avó sempre disse para ter cuidado com o que a gente pede aos céus. Para aqueles que tanto sonharam e pediram a redenção da derrota de 50, ela acabou finalmente vindo. Obviamente, da maneira que ninguém poderia imaginar.


Mas o certo é que, desde a última terça-feira, o “Maracanazzo” deixou de ser a maior tristeza do futebol brasileiro. Barbosa poderá, finalmente, descansar em paz.  

A maior de todas as derrotas

O Brasil pôde testemunhar no Mineirão nesta última terça a sua maior derrota de todos os tempos: o “olé” cantado da platéia para o Escrete. Acho que nunca na vida vi uma demonstração mais cabal de pequenez coletiva. Não do povo brasileiro, claro, que ali não estava. Mas de um estrato abjeto, nauseabundo e infame da população que habita o país, que mostrou ao mundo ao vivo e a cores o resumo perfeito de seu modo de ser e existir. O abandono e a humilhação do companheiro de trincheira, justamente quando ele se vê no seu mais difícil momento é a ilustração perfeita do caráter dessa escumalha.


A esses poderia dizer que devoto meu mais profundo desprezo, mas faltaria com a verdade. Anotem, pois: dedicarei todas as energias da minha vida, do meu canto, da minha pena, da minha luta, para livrar o país dessa escória. Peço aos deuses, todos os dia, que minha mão não trema na hora de cortar-lhes a garganta.

A falta que ele fez

Impressionante. Sabia-se que ele faria falta. Sabia-se que era uma referência mais que fundamental no time. Nossa única certeza, talvez. Uma unanimidade, como não? Nem o mais arguto dos analistas, porém, seria capaz de antever o quão brutal seria o despencamento no nível do futebol jogado pelo Escrete com a ausência do craque. Jamais se poderia supor o tamanho do estrago.  Ouso dizer que se lá ele estivesse, ao menos o tamanho da tragédia não teria sido o que foi.


Mas a verdade, senhores, que nunca na história da Seleção Brasileira uma falta foi tão sentida. Refiro-me, obviamente, ao capitão Thiago Silva.

Na bola

Por mais que se procure por explicações para a retumbante derrota do Escrete para a Alemanha nesta terça, o fato simples e evidente é que perdemos na bola. Os alemães tem um bom time, o melhor da Copa. A seleção brasileira simplesmente deixou que executassem sem nenhuma oposição o que se programam e treinam para fazer – e fazem com uma impressionante eficiência.

Claro que os assombrosos números demandariam uma causa extraordinária qualquer, mas tenho para mim que isso fica no terreno do imponderável absoluto que circunscreve o futebol. Como um objeto que, largado de uma determinada altura, de repente não caísse, mas ficasse suspenso eternamente, desnorteando os espíritos acostumados a ver na queda tantas vezes repetidas uma lei inexorável e peremptória – com a devida licença do David Hume e do Alberto Mussa. A bobeira súbita e absoluta do time canarinho - de tantas glórias, de tantas vitórias – e, principalmente, a anormal avalanche de gols que se marcaram neste ensejo, em meu sentir, pertencem a essa categoria de fenômenos.


Observações aqui e acolá podem ser feitas, obviamente. À convocação, à escalação, às circunstâncias que cercaram o jogo etc. Pontuais, todas. Nenhuma dá nem nunca dará conta do desastre. Podemos, e talvez devamos, com calma, escarafunchá-las. Aos que creem que isso se faça necessário para evitar outros desastres no futuro, digo sem medo de errar: algo assim não tem como se repetir. Nem será capaz de nos fazer superar a tragédia. Poderá, na melhor das hipóteses, nos ajudar a conviver com a sua realidade inafastável e eterna.   

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Clap, clap, clap, clap!!!



Mister, em absoluto, aplaudir de pé o selecionado, a torcida, a nação costarricense. Uma página que tão cedo não será apagada da história do esporte bretão.

Holanda x Costa Rica

O mais surpreendente dos confrontos das quartas, mas com um resultado previsível. Como todos os demais, aliás. Mas que foi por pouco, foi.

A Costa Rica fez muito mais que uma despedida honrosa: por um triz não despachou os poderosos vice-campeões do mundo. O goleiro Navas, com atuação histórica, seria o destaque da partida, não fosse a ousada substituição do arqueiro holandês somente para a disputa de pênaltis. Um lance astuto, que apostou alto e deu certo. Não tivesse dado, Van Gaal estaria agora dependurado na cruz imaginária reservada aos mártires do futebol, clamando por uma morte rápida.


Argentina x Bélgica

Os hermanos fizeram sua melhor partida, taticamente muito bem executada, mas ainda sem encher os olhos. Acharam um gol no início, como nós, como os germanos. Congestionaram o meio, marcaram muuuuito atrás. E a Bélgica sentiu o peso da camisa. Foi o que se viu.

Di Maria junta-se a Aguero no estaleiro. Higuain pareceu reestabelecido. Messi não brilhou ainda, continua jogando pro gasto, o que reputo apavorante. Agora defrontarão, finalmente, um adversário senão superior, ao menos que vem jogando melhor. O resto, meus caros, são prosopopéias. Com todo, mas TODO o devido respeito.


Brasil x Colômbia

Todo o mais que poderia ser dito e escrito, toda análise, toda comemoração, todo alívio, todos os etcéteras imagináveis têm que dar lugar, inelutavelmente, à fatalidade da perda de Neymar. Pela perda em si, claro, mas sobretudo pela maneira como se deu, com ares trágicos como há tempos não se via, ao vivo e a cores para os quatro cantos do Orbe. Guardadíssimas as devidas proporções, graças aos Deuses, vendo ali o choro desesperado do nosso menino, acho que não se sentia um tamanho travo na garganta da nação desde que Senna se espatifou na Tamburello.

E análises mais não cabem, mesmo. Porque agora tudo e qualquer coisa pode acontecer. Quem entra no lugar, se Felipão fecha o meio com outro volante, se coloca um meia, se muda o esquema, se sacrifica A ou B, tudo parece pouco relevante em face da pergunta capital: como repercutirá sobre o espírito do Escrete a saída de seu melhor jogador num momento decisivo. Temos exemplos históricos nos dois extremos, de 62 a 98 (toc, toc, toc). Temos o Uruguai desta Copa. Mas temos, acima de qualquer coisa, o imponderável, o extraordinário, o inesperado de que tanto falamos. Ninguém imaginaria que viria na forma que veio, claro; e ninguém, mesmo, em sã consciência, poderia querer. Mas o fato é que temos diante dos nossos olhos o ingrediente trágico que julguei capaz de unir a nação, a torcida, o time, a crônica em torno do Escrete. E tirando os imbecis militantes - tão destemidos, tão persistentes -, pelos quais jamais me deixarei derrotar, creio firmemente que esta coalizão virá.

No butiquim, reduto último da palavra, como disse o Poeta, quando da chegada da notícia da contusão, ecoou a frase do Otto Lara que parecia resumir esse sentimento: o mineiro só é solidário no câncer. O brasileiro só se une na tragédia.

Que venham os alemães! Aguardamo-los. Em Minas Gerais.


Alemanha x França

Um jogo truncado, estudado, tático. A Alemanha mudou completamente seu modo de jogar, fixando Klose no comando de ataque, puxando Lahn para a ala direita, no lugar do quarto zagueiro em linha que até então vimos. E deu certo. Porque deu. O gol precoce facilitou muito a tarefa, claro, mas o fato é que o esquema foi eficiente em não deixar a França gostar do jogo. O congestionamento no meio impediu a troca de passes rápida dos franceses, sua principal arma. E Neuer fez um partidaço.


O time francês teve o que mereceu dos deuses do futebol, como eu aqui previra. É um time jovem, claro, pode ainda dar caldo, desde que entenda que futebol não é apenas brincar de bola com os pés. O choro do garoto Griezman, tão blasé até então, pode ser o começo.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

QUE COPA!!!

Muitas e muitas coisas podem ser e estão sendo ditas sobre esta Copa. Mas acho que uma é absolutamente inescapável: QUE COPA!!!

Um futebol que não se via assim, no conjunto, enquanto técnica, estética, estilo, competitividade, seguramente desde o Mundial da Espanha, em 82. Podem desfiar o rosário da memória. Além de tudo, equilibrado, enigmático, surpreendente.


E uma alegria, um astral, um envolvimento, uma festa digna dessa que talvez seja a mais fascinante das brincadeiras modernamente engendradas pelo espírito humano: o futebol, sim senhor! Em seu mais sublime momento! A despeito de todas as desimportâncias.