quarta-feira, 16 de junho de 2010

Hei de torcer, torcer, torcer...

O escrete é uma instituição nacional, “verás que um filho teu não foge à luta”, “hei de torcer até morrer”. Não cerrarei fileira com os baba-ovo, mas também não dá pra tapar o sol com a peneira. A verdade é que, pela primeira vez na vida, senti que torcer não foi visceral, não diria nem que tenha sido muito natural; foi mister, senão um esforço, ao menos uma certa determinação. É isso: sentimento x atitude, mas no sentido oposto do que vinha sendo ao longo das últimas oito copas, quando o coração palpitava pela canarinho, a despeito da razão reconhecer os desmandos, a corrupção, a venalidade, o desrespeito etc.

Mas vamos lá. Detestava o Lazzaroni e quase morri no gol do Canilla, naquele fatídico 24 de junho de 1990. Morri de chorar, de raiva-alegria, quando Baggio perdeu o pênalti. Chorei também quando Taffarel pegou dois contra a Holanda, a despeito da marra de Zagallo (sabia que sentiria saudade do velho...) et caterva.

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