Entre os ex-jogadores que vêm batendo suas bolinhas nos microfones televisivos (como já lhes disse, estou órfão do rádio), o improvável Edmundo tem correspondido bem mais ao seu histórico dentro das quatro linhas que o tímido Júnior, o lobotomizado Casagrande e o italianíssimo Falcão Záccaro. Mesmo ainda carente de maior desenvoltura com as palavras, o Animal tem acrescentado pitacos pertinentes e alguns bons toques de boleiro, que às vezes fazem a diferença.
Só perde, na comparação da atuação dentro e fora dos gramados, para o bonzinho Caio, que tem diante da tribuna global o mesmíssimo desempenho, tão nhenhenhém, tão são-paulino, dos tempos de jogador.
Um comentário:
Edmundo também me surpreendeu positivamente. Seu melhor comentário, no entanto, foi feito horas antes da partida entre Costa do Marfim e Portugal, corrigindo o narradar (não me lembro do seu nome agora): "Fulano, o estádio não se chama Nelson MANDALA, como você já disse três vezes. O nome correto é Nelson MANDELA, vencedor do Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra o apartheid na África do Sul". Silêncio constrangedor na sequência.
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