quinta-feira, 26 de junho de 2014

Balanço III - Mentindo com números

Das muitas estatísticas possíveis, e normalmente inúteis, uma particularmente eu gosto. E a FIFA, aparentemente, faz questão de ignorar.  Comparemos a proporção de vagas conquistadas pelas seleções  por  zona das eliminatórias em relação ao total, com a proporção de classificados para a segunda fase:

América do Sul - 6 seleções iniciaram (18,75%) - 5 classificaram (31,25%) = + 66 %

África - 5 iniciaram (15,62%) - 2 classificaram (12,5%) = - 20 %

Ásia/Austrália - 4 iniciaram (12,75%) - nenhuma classificou = - 100 %

CONCACAF - 4 iniciaram (12,5%) - 3 classificaram (18,75%) =  + 50 %

Europa - 13 iniciaram (40,62%) - 6 classificaram (37,5%) = - 7,6 %

Obviamente, muitas ponderações podem e devem ser feitas na interpretação. A começar pela conquista da vaga pela Grécia em detrimento de Costa do Marfim, no que talvez seja o mais crasso erro de arbitragem desde o título conquistado no apito pelo English Team em 66. Porém, considerado o desempenho de europeus e asiáticos, onde se concentra largamente o poder econômico no futebol e boa parte do poder político da entidade/empresa que o monopoliza, muitas divagações são possíveis.

O que não é divagação e impossível não encarar é, mais uma vez, a impressionante hegemonia sul-americana, a que já me referi quatro anos atrás. Aliás, o que se disse também alhures, cabe perfeitamente cá, somados ainda os latino-americaníssimos México e Costa Rica, a melhor da Copa.


Portanto, meus amigos: ganhe quem ganhar, haja o que hajar, essa Copa já tem um grande vencedor. E somos nós. Ou melhor, nosotros. Dentro e fora das quatro linhas, aliás, e pelos séculos dos séculos. Amém.

Um comentário:

Douglas Germano disse...

Com todos os grandes destaques do certame, inclusive.