Das muitas estatísticas possíveis, e normalmente inúteis,
uma particularmente eu gosto. E a FIFA, aparentemente, faz questão de ignorar. Comparemos a proporção de vagas conquistadas
pelas seleções por zona das eliminatórias em relação ao total,
com a proporção de classificados para a segunda fase:
América do Sul - 6 seleções iniciaram (18,75%) - 5
classificaram (31,25%) = + 66 %
África - 5 iniciaram (15,62%) - 2 classificaram (12,5%) = -
20 %
Ásia/Austrália - 4 iniciaram (12,75%) - nenhuma classificou =
- 100 %
CONCACAF - 4 iniciaram (12,5%) - 3 classificaram (18,75%) = + 50 %
Europa - 13 iniciaram (40,62%) - 6 classificaram (37,5%) = -
7,6 %
Obviamente, muitas ponderações podem e devem ser feitas na
interpretação. A começar pela conquista da vaga pela Grécia em detrimento de
Costa do Marfim, no que talvez seja o mais crasso erro de arbitragem desde o
título conquistado no apito pelo English Team em 66. Porém, considerado o desempenho
de europeus e asiáticos, onde se concentra largamente o poder econômico no
futebol e boa parte do poder político da entidade/empresa que o monopoliza, muitas
divagações são possíveis.
O que não é divagação e impossível não encarar é, mais uma
vez, a impressionante hegemonia sul-americana, a que já me referi quatro anos atrás. Aliás, o que se disse também alhures, cabe perfeitamente cá, somados ainda os
latino-americaníssimos México e Costa Rica, a melhor da Copa.
Portanto, meus amigos: ganhe quem ganhar, haja o que hajar, essa Copa já tem um
grande vencedor. E somos nós. Ou melhor, nosotros.
Dentro e fora das quatro linhas, aliás, e pelos séculos dos séculos. Amém.
Um comentário:
Com todos os grandes destaques do certame, inclusive.
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