Eu que tenho verdadeiro
desprezo por essa novel crônica esportiva forjada no controle remoto
e no sofá, sinto-me no dever de manifestar publicamente minha
retratação em relação a esse que para mim era a encarnação do
tipo: Paulo Vinícius Coelho, codinome PVC.
Para mim o jornalista
sempre representou o supra-sumo desse futebolismo erudito, com
números, estatísticas, teoremas, teorias, análises, filosofias. E
certezas, muitas certezas. Mas o que se viu na sequência da derrota
brasileira da Terça-feira Negra, foi um semblante desarvorado e um
indisfarçável travo na garganta. Por detrás das pranchetas,
computadores e info-gráficos, apareceu um menino atônito, de calças
curtas e olhos incrédulos: o menino do espelho de 1982. Vi um
amor e uma emoção puros, como só o futebol pode despertar. Como só os apaixonados pelo futebol podem experimentar.
2 comentários:
Tem razão. Ele estava com dificuldade para se manter ereto na cadeira. Cara de choro. Figuraça!
PVC é um bom cara.
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