O futebol por si só é
uma caixinha de surpresas, como parece já ter dito alguém. Não
bastasse, o velho Sobrenatural de Almeida deu as caras nessa Copa
como havia muito não. Além disso, serão cinco títulos mundiais em
campo, outros muitos vices; duas camisas poderosíssimas, duas
seleções com sede de levantar o caneco há muito tempo.
Por essas e outras
razões, não há previsões a se fazer acerca do que ocorrerá no
Maracanã no próximo domingo. Bola por bola, a Alemanha jogou muito
mais no Brasil. Aquele comentarista caipira diria até que a
superioridade do futebol alemão nesta Copa é tanta, que a Argentina
levará a taça. Eu não chegaria a tanto, mas tenho que reconhecer
que, nos termos da metafisica do futebol, quatro-a-zeros e sete-a-uns
credenciam bem menos do que as vitórias temperadas a suores,
lágrimas e sangue. Mas também não foi isso tudo que se chegou a
ver do outro lado; antes, um dedicado esforço para superar as suas
próprias limitações.
Façam suas apostas, pois, senhores. Especulem, debatam, simulem, bebam. Até porque, depois, só
daqui quatro anos.