sexta-feira, 2 de julho de 2010

Já era

Essa é minha nona Copa. Vi o Brasil ganhar duas e ser eliminado em sete. De todas, disparadamente, essa foi a bola mais cantada. Não que a derrota, especificamente, tivesse sido cantada, mas a forma como ela veio. Torcer, torcemos. Acreditar, acreditamos, até, em certos momentos. Relevar, relevamos: a empáfia, as arbitrariedades, o politicamente correto, a falta de carisma, de identificação etc. Mas nada disso importa, nem na derrota, nem na vitória.

Cantou-se a bola de que a Seleção não tinha banco; que na necessidade de se precisar substituir uma peça, ou de variar o esquema, na falta, por qualquer motivo, do armador (único) do time, ficaríamos a ver navios. Cantou-se a bola de que não tínhamos um técnico, na hora em que a gente precisasse realmente de alguém que entendesse o que estava acontecendo em campo, pra poder interferir. Dunga tem suas qualidades de líder, tem seu conhecimento dos meios da bola, mas isso é pouco para treinar um time de ponta, que se dirá a Seleção Brasileira. Cantou-se a bola de que alguns jogadores poderiam faltar na hora do pega pra capar.

A bola que ninguém cantou foi que o infalível, o melhor do mundo, o perfeito, o galã, o líder, o campeão Júlio César seria o jogador a enterrar o time. Ainda que tenha tido, reconheça-se, a hombridade de assumir a falha, ainda no calor do fim do jogo; ainda que tenha demonstrado, nesse mesmo momento (e mesmo ainda durante a partida), que realmente carregava no peito o peso, a honra e a responsabilidade do manto canarinho, o fato é que o time sentiu demais a queda de um esteio elevado à categoria de indestrutível. E nisso, a imprensinha safada, tacanha, vendida, baba-ovo, deslumbrada, tem a sua grande carga de responsabilidade. Impressionante perceber que o sr. Galvão, o bobo-da-corte mais bem pago do mundo, não CONSEGUIU dizer em NENHUM momento, que a falha no primeiro gol teria sido do nosso bom arqueiro. Por que não dizer? É proibido? Ele não pode falhar? Mas essa babação-geral faz mal pro time e faz mal pro próprio jogador. E isso, ninguém me tira da cabeça, só porque ele é jogador de um timinho tal, campeão de não sei que porra, que eu nem sei qual é, graças a Deus.

O interessante é que, desde 1990, fala-se muito do “ambiente” da Seleção, do “grupo”. Porque o “ambiente” era péssimo em 90. O “grupo” era desunido em 2006. O “grupo” trouxe o caneco em 2002 etc. etc. etc. Conversa pra boi dormir. Engraçado que, até 1986, ninguém nunca chegou pro Pelé, pro Didi, pro Gerson, pro Rivelino, nem pro Zico, nem pro Sócrates, pra perguntar se o grupo estava unido, se o ambiente era bom. Porque se jogava bola, simplesmente. Ninguém precisava ser amigo, nem desafeto de ninguém, pra justificar uma vitória ou uma derrota. Não jogamos nada em 66, nem em 74. Jogamos pra caralho em 58, 62 e 70. Ponto.

Júlio César, o símbolo maior da ruína do Escrete, deu entrevista na saída do jogo, frisando que o ambiente era maravilhoso, que o grupo estava unido. Viu-se. Tão unido, tão unido, que quando um jogador fraquejou, a espinha dorsal do time foi pra casa do chapéu. Não foi "o grupo" que não teve sucesso, nem "o ambiente" que não era propício. Só disso se tratou nesses anos-Dunga, de preservar o ambiente, de unir o grupo. Jogamos pouca bola, só isso. E nunca, NUNCA antes na história das participações brasileiras nas Copas, perdemos tanto para nossas próprias limitações.

4 comentários:

Paulo Eduardo Neves disse...

Derrota em Copa sem teoria conspiratória não vale, então publico a minha. A culpa é da Brahma, ou AmBev, ou InBev ou sei lá. Como pode o técnico da seleção fazer uma propaganda dizendo que o centro avante e o goleiro são guerreiros como ele? Ah! Os dois se estavam fora de forma no início da Copa? Dane-se. Como o técnico tiraria do time garotos propaganda de quem o patrocina com milhões?

Claro que a imprensa também não falará nada de um de seus maiores anunciantes.

Daniel Frangiotti disse...

FILHO DA PUTA!

Leia oq eu falava, antes até da convocação!

Pau no cú da globo, mais CAGÃO é o dunga, sempre foi! UM CAGÂO!!!!!!!!!!!!


CAGÃO, CAGÃO, CAGÃO, CAGÃO, CAGÃO ,CAGÃO ,CAGÃO e CAGÃO!!!

TODOS FORAM BURRO NA HISTÓRIA, ELE FOI UM CAGÃO!!!!

*Mataria ele bebado agora!

Daniel Frangiotti disse...

Cade os porcos? INDECISOS? VAI SER INDECISO AO DAR O RABO!

AQUI É BRASIL!!! TEMOS QUE TER OS MELHORES!!!!!! PAU NO CÚ DO CAGÃO E QUEM GOSTA DO ANÃO!!!!

MATEM O RICARDO VIVO COM FOGO!!!

*PROMETO XINGAR MUITO!!!

Unknown disse...

Felipe Melo entra para a história. Pela porta dos fundos, que é o que resta aos boçais.